Um pedido de desculpas pressupõe culpa. Nem sempre, de quem
pede. É o caso, agora. Os leitores do blog certamente estão frustrados por não
terem visto as atualizações da sexta-feira (ontem). Além disso, as da terça-feira
passada saíram truncadas. Mas a culpa não é minha. E se for, pelo menos, não é
voluntária.
Acabou acontecendo um tremendo empastelamento no blog quando
estava tentando postar novas imagens na página Fotograças (lembram que havia
uma promessa de novas imagens?). Pois é. O programa recusou-se a salvar as
alterações e, não só isso, também desconfigurou totalmente o blog, deletando
toda a página da Dona Kristenfrieda, justamente a mais visitada do blog. Todas
as matérias da }Dona Kristenfrieda foram para o lixo e não consegui recuperar
nenhuma. Tive que apelar para os meus arquivos para remontar a página.
Tudo isso levou um bom tempo. Por isso, meus leitores
acabaram prejudicados (desculpem, mais uma vez) por não terem as novidades.
Mas tudo tem o seu lado bom. O “rebu” acabou precipitando
uma alteração que já vinha sendo planejada anteriormente. A partir desta
edição, algumas mudanças já estarão sendo implementadas. O blog auxiliar estará
recebendo mais material, como uma página “Fotograças II”. Algumas páginas terão
o seu conteúdo dominuido. Procurarei também reduzir as postagens da página
inicial.
Peço paciência a todos, que devagar estaremos chegando a um
modelo ideal do blog. Segundo a proposta, será transformado em site
independente em breve. As alterações de agora são apenas mais um passo para a
melhoria total do espaço. Aguardem.
Veja novidades nas páginas:
DONA KRISTENFRIEDA
FOTOGRAÇAS II
Veja novidades nas páginas:
DONA KRISTENFRIEDA
FOTOGRAÇAS II
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Nossa opinião:
Administrar por "estratégias"
Noam Chomsky, filósofo político norte-americano, elaborou uma
relação de dez “estratégias de manipulação”, artifícios usados para levar o
povo a apoiar ou acreditar numa postura que, em princípio, seria contrária às
suas convicções. Uma dessas “estratégias”, possivelmente a mais conhecida, é a
“estratégia da distração”, que consiste em desviar a atenção das questões principais
através de uma enxurrada de informações desimportantes mas de certa forma
curiosas, cujo objetivo é entreter o pensamento popular e desviá-lo do foco que
realmente interessa.
Embora menos conhecida, também está na lista de Chomsky a
“estratégia da reação”, tática para inculcar no povo uma ideia de caos e assim
abrir espaço para a implementação de medidas impopulares como única solução viável
para a situação caótica criada (imaginária ou real).
É absolutamente conveniente direcionarmos as nossas atenções
para essas “estratégias” (há também várias outras), pois todas elas têm o
propósito de iludir o povo. Enquanto algumas apenas desviam a atenção,
impedindo uma reação indesejada, outras fazem concordar com soluções que, em
outras circunstâncias, seriam veementemente condenadas e hostilizadas.
Não é preciso ser adivinho para concluir que os beneficiários
dessas formas de ilusão pública são os governantes de plantão, em qualquer dos
níveis que venha a ser considerado. E o meio de propagação das “estratégias”
não poderia ser outra senão a famosa “mídia” (de qualquer tipo ou tamanho, tudo
é válido). Inconscientemente ou não, bem ou mal, a mídia cumpre o seu papel. E
o povo vai levando a sua vida, iludido sempre, esclarecido jamais (à exceção de
uns poucos).
Todo este preâmbulo se torna conveniente para abordar uma
situação que já aflige milhões de brasileiros – se não a população inteira, com
parcas exceções, mesmo os não diretamente atingidos. Refiro-me à questão da
saúde pública. Nunca antes neste país se viu coisa igual: pacientes nos
corredores dos hospitais (quando conseguem atendimento!), rejeitados nas UTIs
por falta de leitos ou literalmente assassinados por erros primários de
enfermeiros e médicos... e por aí vai o caos.
Perceberam a primeira premissa do raciocínio? O caos está aí.
Nem precisamos discorrer muito sobre ele, todo mundo sabe a quantas anda a
saúde pública. A segunda premissa, que vai confirmar efetivamente a tese da
“estratégia” que está sendo imposta aos brasileiros, é a
discussão, nos meandros do Congresso Nacional, de artimanhas direcionadas à
criação (ou recriação, se assim entenderem) de um imposto sobre movimentações financeiras,
em modelo semelhante ao da extinta e famigerada CPMF, alvo de tantos debates,
de tanta polêmica e de tanta contestação.
O
teatro está armado. De um lado, o caos; do outro, a solução. Quem vai se opor?