Você é supersticioso? Tem, digamos assim, um certo receio do que
pode lhe acontecer num dia como esse? Ou não dá nem bola para essas bobagens?
Seja qual for o caso, conheça alguma coisa a respeito da sexta-feira treze.
Contam os estudiosos, inclusive aqueles que desfilam a sua
sabedoria nos botequins da vida, que a história da superstição se baseia no
fato de que o número 12 é considerado um “número bom” na cultura ocidental. São
doze meses do ano, doze são os signos do zodíaco, doze as tribos de Israel,
doze os apóstolos de Jesus e o dia tem duas vezes doze horas. Por consequência
(e subsequência), o 13 é “número ruim”, é quando alguém resolve estragar o 12.
Por exemplo: quando alguém chega de ratão num jantar de 12 convidados ou quando
alguém mais alegrinho toma 13 doses de uísque numa festa e arma o maior
barraco. No baralho do tarô a carta de número 13 representa a morte
(cruzcredo!).
Já a sexta-feira é considerada azarada porque Jesus Cristo foi
crucificado numa sexta e por causa disso temos a sexta-feira santa, mas tudo
volta às boas no domingo, quando é Páscoa e vem o coelhinho trazendo chocolates
para as crianças de todas as idades, inclusive aquelas com mais de 65 anos, a
não ser que sejam diabéticas. Só as crianças pobres não ganham, porque o
coelhinho – a exemplo de Papai Noel – não é comunista. Na França, a sexta-feira
é considerada um dia infeliz, pois foi num desses dias da semana que o Rei
Felipe IV condenou todos os templários a morrer na fogueira. Na Inglaterra, os
marinheiros recusam-se a iniciar viagens com seus navios às sextas-feiras. Ah,
e no Brasil, o famigerado AI-5, ato da ditadura militar que suspendeu os
direitos constitucionais no país, foi editado em 13 de dezembro de 1968. Uma
sexta-feira, claro (bem no começo da noite, que estava todo mundo indo pra
gandaia).
A origem mais provável das lendas a respeito das sextas-feiras
treze, porém, parece estar nos países nórdicos. Conta-se na Dinamarca que,
quando os povos da região aderiram ao cristianismo, abandonaram uma de suas
antigas deusas, Friga, deusa do amor e da beleza. Em homenagem à essa deusa
havia sido batizada a sexta-feira, frigadag
em dinamarquês. Revoltada com o descaso, Friga promoveu uma reunião com onze
bruxas, à qual compareceu também o demônio que, assim, completou 13 pessoas no
encontro. Teve lugar numa sexta-feira, lógico.

Em Portugal, a sexta/13 é motivo de
festas. Em Leiria, Vinhais, Montalegre, Braga, Loulé e Porto, o povo festeja com
fogueiras, ao jeito das festas juninas brasileiras (veja foto). Parece que,
nesse caso, os manés somos nós.
Pois, pois, fique tranquilo. Aqui no
Brasil a sexta-feira é dia de político descansar, os congressistas não
trabalham mais nas sextas-feiras. Aliás, nem mais nem menos, pois se trabalham
nos outros dias ninguém sabe. Mas às sextas nem aparecem.
Crédito fotográfico: Sextafeira13 (http://www.sextafeira13.org/
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