Uma pesquisa da Northwestern Health Sciences
University, de Minnesota, EUA, recentemente publicada na revista especializada
Anals of Internal Medicine concluiu que a quiropraxia é muito mais eficaz que o
uso de anti-inflamatórios ou outro tipo de tratamento para as dores nas
articulações, em especial para a região do pescoço.
Muito bem, mas afinal de contas, o que vem a ser a
quiropraxia? Nada mais do que uma técnica de massagem que difere das massagens
comuns por não se aplicar à musculatura, mas sim às articulações. Trocando em
miúdos, trata-se daquela técnica usada pelos massagistas japoneses que fazem as
juntas estralarem até serem colocadas no devido lugar. Na maioria das vezes é
feita assim: o massagista distrai o paciente com umas alisadinhas na maciota,
contando como conheceu a Sra. Kimiko, sua atual esposa e, de repente... zupt! De
supetão, quando o paciente está de fato distraído, já imaginando as cenas de um
casamento japonês, lá vem aquele golpe e o indefectível estralo. Pronto, a
junta já está no seu devido lugar. Às vezes dói um pouquinho, mas o preço é o
mesmo.
O problema é quando se trata do pescoço. Aí o buraco
é mais embaixo, como sempre, embora o enguiço seja mais em cima. E quem garante
que o tal massagista japonês não tenha sido outrora um eficaz destroncador de
pescoços? Talvez até tenha sido treinado no sítio dos pais, onde poderia ter
sido o encarregado de preparar a passagem das hóspedes do galinheiro para a
panela na preparação dos almoços de domingo? Poder, poderia, mas quanto a isso
fique tranquilo: japoneses não apreciam galinha ao molho pardo. Mas se o
massagista for mineiro, desconfie.
Em suma, o seguinte: se você tiver coragem, no
próximo torcicolo procure um massagista japonês (e também passe adiante aquele
ingresso que você ganhou para assistir a um jogo de tênis). Talvez até aprenda
alguma coisa sobre casamentos japoneses. Mas saiba que pode correr o risco de
sair do consultório andando de ré e olhando por onde anda.
Em tempo: o tratamento não é indicado para quem tem
osteoporose. Por motivos óbvios.
Crédito fotográfico: Fotosearch (http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/)
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