Já que falamos do acarajé no episódio acima, vale a pena conhecer alguma coisa a respeito do quitute que hoje faz parte destacada da culinária baiana. Aí em cima dissemos que o acarajé veio da África. Mas a sua origem, na verdade, nem mesmo é africana. É árabe. Seu nome original é falafel, assim era conhecido no Oriente Médio, onde era preparado à base de grão-de-bico. Os árabes trouxeram o falafel para a África, entre os séculos VII e IX, onde o grão-de-bico foi substituído pelo feijão fradinho. Na África também mudou de nome, passando a ser akará, que significa bola de fogo. Com a vinda de muitos escravos africanos para o Brasil na época colonialista, especialmente do antigo Reino de Dahomey (Daomé), atual República do Benin, veio também o tradicional bolinho. Muito se falava em akara jê, literalmente comer akará. A lei do menor esforço, tão tradicional na Bahia quanto o próprio quitute, determinou a junção das duas palavras da língua africana. Afinal, dizer acarajé é mais simples do que dizer comer akará.
Se me convidarem para degustar um acarajé, por favor, não usem coentro. Ainda vou fundar a ABIC (Associação Brasileira dos Inimigos do Coentro). Tenho dito! A receita do acarajé? Vocês acham que este é o blog da Ana Maria Braga?
Se me convidarem para degustar um acarajé, por favor, não usem coentro. Ainda vou fundar a ABIC (Associação Brasileira dos Inimigos do Coentro). Tenho dito! A receita do acarajé? Vocês acham que este é o blog da Ana Maria Braga?
Crédito fotográfico: Rota do Acarajé (http://www.rotadoacaraje.com. br)
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