sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Entra Juca, sai Manduca...

... e o bailado continua. O deputado federal Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro, do PP da Paraíba, é o novo titular do Ministério das Cidades. Assume no lugar do também pepista Mário Negromonte, defenestrado do cargo após denúncias de irregularidades levantadas pela imprensa (sempre ela!). Aqui no Brasil este tipo de ocorrência está se tornando normal – e rotineira. É o nono ministro que deixa o governo da presidente Dilma Roussef, o sétimo por causa de denúncias de corrupção (em pouco mais de um ano de mandato). Poderia fazer um monte (desculpem o mau trocadilho) de brincadeiras com a história (cujos detalhes você pode ver na TV ou em qualquer jornal) mas o assunto é preocupante. Preocupante e triste, quando se pensa nas repercussões internacionais a nos cobrir de vergonha (lá fora vão pensar que aqui só tem ladrão). Até agora o Brasil tem sido conhecido como o país do futebol e do carnaval. A continuar assim, daqui a pouco será conhecido também como o país da corrupção (se já não o estiver sendo – à boca pequena, por enquanto).
Grande parte dos meus leitores sabem da minha frustração com os partidos políticos brasileiros (alguém aí pode me apontar algum deles que não tenha nenhum participante envolvido em maracutaia?) A frustração chegou ao ponto de ser minha sugestão para uma reforma política no Brasil a extinção total dos partidos políticos – de todos, sem exceção. Todos absolutamente irresponsáveis, na atual situação. Quem ainda não viu, pode acessar a página Filosofolia e ler a matéria Abaixo os partidos políticos. Quem quiser se candidatar a algum cargo público – seja ele qual for – procure pessoal e individualmente a Justiça Eleitoral e faça a sua inscrição. Não tem nada de impossível ou impraticável nisso. Além do mais, os partidos já perderam, de há muito, a sua principal função e finalidade: a defesa e representação de uma dada ideologia política.
Sei que é uma utopia. Quimera irrealizável, dadas as circunstâncias. Mas vale o registro. Agora, no caso de tantos ministros espertalhões, a nossa presidente, cuja retidão está fora da discussão, poderia criar um mecanismo para despertar algum resquício de responsabilidade na nossa infeliz politicalha. Seria simples, embora já se saiba das conseqüências e da guerra que iria enfrentar. Seria assim: não só o ministro envolvido em trambique perde o cargo como o seu partido político também. A regra seria extensiva a todos os cargos ditos de confiança do governo. E deveria valer para todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal). Provavelmente não resolverá o problema, mas será uma tentativa de chamar os dirigentes partidários à responsabilidade. 
Crédito fotográfico: Google (http://www.google.com.br/)


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