Sobrou para os fabricantes e para os comerciantes. Os índios da reserva indígena de Pine Ridge, no estado de Dakota do Sul (EUA), onde o consumo de bebida alcoólica é proibido, vão ao povoado próximo, Whiteclay, para encher a cara todos os dias.
Os mandachuvas da tribo Sioux de Oglala, que ocupa a reserva, não se conformam com a situação e decidiram processar os fabricantes de bebidas e os comerciantes do lugarejo – que é apenas um entreposto comercial – que a vendem aos índios beberrões. Segundo os autores do processo, a iniciativa é a “última tentativa” de acabar com o problema, já que os protestos e a ação policial não se mostraram eficientes.
No processo, os autores pedem uma indenização de 500 milhões de dólares, o equivalente a uns 860 milhões de reais. Cerca de 28.000 indígenas formam a população da reserva que, a exemplo de muitas outras dos EUA, vive em situação de extrema pobreza, contrastando com o elevado padrão de vida da sociedade americana.
Na verdade, o que parece estar acontecendo é a falência do sistema de segregação imposto pela política das reservas indígenas (que foi – infelizmente – copiado pelo Brasil). Nesse sistema, os indígenas são confinados e recebem uma assistência miserável em várias áreas, principalmente nas mais fundamentais, como a educação e a saúde. Em troca, ficam proibidos de quase tudo. E acabam se entregando a vícios, como o alcoolismo. Daqui a pouco virão drogas mais pesadas (se é que ainda não chegaram).
Espera-se que, ganhando a ação contra os fabricantes, os índios não venham a gastar toda a grana com uísque. Vendedores não vão faltar.
Crédito fotográfico: Portal de Notícias R7 (http://noticias.r7.com/internacional)
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