Na cidade de Yoro, capital do Departamento do mesmo nome, em Honduras, realiza-se anualmente o Festival de la Lluvia de Peces, ou seja, o Festival da Chuva de Peixes. Conta a lenda que na cidade, entre os meses de maio e junho (está quase chegando), cai uma misteriosa chuva de peixes, cuja autoria é creditada ao espírito do Padre José Manuel Subirana, um sacerdote espanhol que viveu na cidade entre os anos de 1856 e 1864 e profetizou milagres que teriam sido encomendados em razão da extrema pobreza do povo. Em suma, uma espécie de Padim Padre Ciço do Caribe.
Diante da crendice popular que atribui o fenômeno a uma
estranha piscicultura celestial, estudiosos de várias áreas analisaram o
problema e concluíram que a chuva de peixes, tal como as de rãs e sapos
ocorridas em outros lugares (até a Biblia faz referência à chuva de animais,
como no caso das dez pragas do Egito), pode ser provocada por tornados ou trombas
d’água, que elevariam a água de mares ou lagos até grandes alturas, com tudo o
que estivesse junto, e depois a despejaria em locais muitas vezes bem distantes
de sua origem. Enquanto isso, outros pesquisadores apontam a existência de rios
subterrâneos na região, reforçando essa tese com o fato de serem de água doce os
peixes encontrados nas ruas de Yoro e completamente cegos. Mas são comestíveis,
e a população os recolhe ainda vivos após a chuvarada, que dura cerca de duas a
três horas, acompanhada de raios e ventos fortes.
A precipitação de peixes em Honduras é um fato ainda não devidamente explicado pela ciência, mas com ou sem a ajuda dos céus, a população de Yoro faz a sua festa todo ano. E, segundo consta, nunca faltou peixe para os visitantes.
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