Daniel
James Shellagarger, cidadão conhecido por Suelo, de 50 anos de idade, mora numa
caverna no deserto de Moab, no Estado de Utah, EUA, deste outubro de 2000,
portanto há quase doze anos. O insólito da história é que ele vive
absolutamente sem dinheiro. Seus últimos 30 dólares foram deixados numa cabine
telefônica antes que ele se retirasse para a caverna.
Apesar
de viver isolado, Suelo não pode ser considerado um eremita, pois freqüenta a
biblioteca de Moab e também mantém um blog na internet. Segundo sua própria
versão, ele se afastou da vida moderna por ter se fartado do tema “dinheiro” e
suas inúmeras vertentes, como “dívida”, “juro”, “prestação”, “imposto”,
“crédito”, “empréstimo”, “cobrança”, “financiamento”, “economia” e tantos
outros mais. “Quando eu vivia com dinheiro sempre estava me faltando alguma
coisa”, declarou Suelo.
Suelo
vive com alimentos e roupas doados por amigos e conhecidos, mesmo porque
circula naturalmente nos meios “civilizados”, mas sempre recusando o
recebimento de qualquer quantia em dinheiro.
A
atitude do cidadão de Moab remete aos ensinamentos de Mahatma Ghandi, que nos
legou essa regra de ouro: “não é nenhuma virtude acumular aquilo que milhões de
pessoas não conseguem ter”.
Quanto
ao fato de viver sem dinheiro, convenhamos que não representa uma grande
vantagem: é só procurar no interior do Brasil que se encontram milhares e
milhares de pessoas – famílias inteiras – que vivem sem grana nenhuma (se bem
que não voluntariamente). Em outras partes do mundo a situação é pior ainda.
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