Cá
entre nós: o que faz com que um vivente dito racional proceda dessa forma? De
fato, às vezes fica difícil entender a psicologia humana. O caso dos adeptos da
body modification (modificação
corporal) é um deles. O problema (se pra nós é problema, pra eles deve ser um
problemão – mas parece que não se dão conta disso) vem desde tempos imemoriais
e afeta uma grande parte das etnias existentes no planeta. Na África há o caso
das mulheres-girafas que esticam o pescoço artificialmente com anéis que não
mais podem ser retirados sob pena dos pescoços se quebrarem. Na China medieval
as mulheres de certa posição social tinham os pés enfaixados desde pequenas,
com os dedos virados para baixo, para aparentarem ter os pés pequenos – embora
ficassem privadas de andar! No Brasil os índios botocudos usavam (e ainda usam)
peças de madeira para esticar os lábios inferiores, enquanto outras tribos
esticam as orelhas. E por aí vai o festival de sandices.
Mania
que não se limita a culturas primitivas ou a povos ignorantes. Nos tempos
contemporâneos, além da profusão de piercings
e tatuagens que já estamos acostumados a ver por aí, também se registram casos
de autênticas afrontas à natureza envolvendo homens e mulheres cuja caixa
craniana deve conter aquilo que os demais mortais têm nos intestinos. Nos EUA
existe até uma igreja desses malucos. É a Church
ot Body Modification (Igreja da Modificação Corporal), que as pessoas
(inclusive autoridades) mais sensatas estão interpretando como uma forma de
ludibriar as leis, já que a Primeira Emenda à Constituição do país dá certa
proteção aos atos praticados em nome da religião.
Não
fica bem claro (nem poderia!) o propósito desses alienados quando se submetem a
toda sorte de artifícios para alterar o próprio corpo. Alguns falam em arte,
outros em espiritualidade, outros (sem noção) em estética, mas nenhum argumento
é válido para justificar a loucura. Além das tatuagens e piercings, as formas mais usuais (mas consideradas superadas), os
adeptos da asnice se valem de implantes de silicone, operações plásticas,
escarificações, implantes (e lixamento) dentários, queimaduras e introdução de
elementos estranhos no corpo (não há registros de “lá também”, mas não é de se
duvidar!)
O
pior é quando alguma cirurgia mais radical não dá certo e não sai ao gosto do
freguês. Aí o indivíduo fica desesperado e não sabe mais o que fazer. Bem, não
faz muita diferença, pois antes também não sabia. Tomemos um exemplo: será que
as leitoras do blog vão gostar do “gatão” da foto? Trata-se do Catman, o americano Dennis Ayner, de 44 anos
que, desde os 23 vem mudando completamente o rosto com cirurgias plásticas e
implantes para ficar parecido com um gato. Ninguém conseguiu explicar porque
não ficou...
Na
verdade, as mudanças que esses alienados deveriam fazer ficam do lado de dentro
da cabeça.
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