Na cidade de Petersburg, Estado do Kentucky,
EUA, Ken Ham, um cidadão australiano, criou e instalou, em 20 hectares de
terra, um museu criacionista com exposição de figuras animadas – inclusive
dinossauros - em tamanho real. O criacionismo é a teoria que defende a história
bíblica do Genesis, que aponta a origem dos seres humanos a partir de Adão e
Eva, criados por Deus.
O museu custou 27 milhões de dólares.
Apresenta várias encenações, com robôs fazendo o papel de animais e – claro,
não podiam faltar – de Adão e Eva. Entre essas encenações há algumas
impressionantes, como a do dilúvio (com dinossauros embarcando na arca), o
Jardim do Éden com criaturas pré-históricas, os profetas do Antigo Testamento e
a vida de Jesus Cristo. Há também um planetário e um teatro com 200 lugares (essa matéria tem sequência, clique na linha
de baixo).
Uma das preocupações perceptíveis no museu é
a negação da teoria do evolucionismo, de Charles Darwin. Pelo menos, no que se
refere ao ser humano, já que, em outros níveis, a evolução das espécies até
chega a ser tolerada, através de mensagem como a que aponta a possibilidade de
coexistência paralela do criacionismo e também do evolucionismo.
Segundo os criacionistas, a história de Adão
e Eva data de 6.500 anos atrás, porém há evidências científicas da existência
do homem em épocas muito mais antigas. Também não há qualquer evidência de ter
havido a coexistência entre humanos e dinossauros, como quer fazer crer o museu
de Petersburg. Várias outras descobertas paleontológicas vem confirmar a tese
evolucionista, mas o criacionismo não admite a origem comum de todos os seres
vivos, como pregou Darwin.
De qualquer forma, as duas teorias têm os
seus seguidores e cada um pode interpretar as coisas como melhor entender. Por
seu turno, os cientistas e o mundo acadêmico estão preocupados com a
exuberância e a fidedignidade das figuras e das exibições do museu
criacionista, temendo inclusive que crianças possam ser influenciadas por essa
ficção tão realisticamente mostrada.
Por fim, um esclarecimento: o australiano Ken
Ham – que é evangélico – gastou 27 milhões de dólares para construir o museu e
fundou uma instituição, a Answers in
Genesis (Respostas no Gênesis) que administra e explora o museu. Os
ingressos são pagos, como também o acesso ao teatro e ao planetário. O museu
foi inaugurado em maio de 2007; em abril de 2010 registrou a visita de número
1.000.000. Atualmente a média de visitantes atinge a cifra de 50.000 por mês.
Um investimento rentável, sem dúvida!
Nas fotos do museu do criacionismo: 1) a
coexistência de seres humanos e dinossauros, jamais registrada sobre a face da
Terra; 2) Adão e Eva num momento romântico, no Jardim do Éden; 3) o rapaz de
camiseta não faz parte da encenação, é apenas um visitante.
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