terça-feira, 26 de junho de 2012

Museu nos EUA nega Darwin


Na cidade de Petersburg, Estado do Kentucky, EUA, Ken Ham, um cidadão australiano, criou e instalou, em 20 hectares de terra, um museu criacionista com exposição de figuras animadas – inclusive dinossauros - em tamanho real. O criacionismo é a teoria que defende a história bíblica do Genesis, que aponta a origem dos seres humanos a partir de Adão e Eva, criados por Deus.
O museu custou 27 milhões de dólares. Apresenta várias encenações, com robôs fazendo o papel de animais e – claro, não podiam faltar – de Adão e Eva. Entre essas encenações há algumas impressionantes, como a do dilúvio (com dinossauros embarcando na arca), o Jardim do Éden com criaturas pré-históricas, os profetas do Antigo Testamento e a vida de Jesus Cristo. Há também um planetário e um teatro com 200 lugares (essa matéria tem sequência, clique na linha de baixo).

Uma das preocupações perceptíveis no museu é a negação da teoria do evolucionismo, de Charles Darwin. Pelo menos, no que se refere ao ser humano, já que, em outros níveis, a evolução das espécies até chega a ser tolerada, através de mensagem como a que aponta a possibilidade de coexistência paralela do criacionismo e também do evolucionismo.
Segundo os criacionistas, a história de Adão e Eva data de 6.500 anos atrás, porém há evidências científicas da existência do homem em épocas muito mais antigas. Também não há qualquer evidência de ter havido a coexistência entre humanos e dinossauros, como quer fazer crer o museu de Petersburg. Várias outras descobertas paleontológicas vem confirmar a tese evolucionista, mas o criacionismo não admite a origem comum de todos os seres vivos, como pregou Darwin.
De qualquer forma, as duas teorias têm os seus seguidores e cada um pode interpretar as coisas como melhor entender. Por seu turno, os cientistas e o mundo acadêmico estão preocupados com a exuberância e a fidedignidade das figuras e das exibições do museu criacionista, temendo inclusive que crianças possam ser influenciadas por essa ficção tão realisticamente mostrada.
Por fim, um esclarecimento: o australiano Ken Ham – que é evangélico – gastou 27 milhões de dólares para construir o museu e fundou uma instituição, a Answers in Genesis (Respostas no Gênesis) que administra e explora o museu. Os ingressos são pagos, como também o acesso ao teatro e ao planetário. O museu foi inaugurado em maio de 2007; em abril de 2010 registrou a visita de número 1.000.000. Atualmente a média de visitantes atinge a cifra de 50.000 por mês. Um investimento rentável, sem dúvida!
Nas fotos do museu do criacionismo: 1) a coexistência de seres humanos e dinossauros, jamais registrada sobre a face da Terra; 2) Adão e Eva num momento romântico, no Jardim do Éden; 3) o rapaz de camiseta não faz parte da encenação, é apenas um visitante.

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