O Ministério da Saúde divulgou, nesta semana,
um levantamento sobre os acidentes ocorridos com motociclistas em todo o
país. Os números realmente impressionam, mas a maior preocupação é com o
crescimento das vendas de cotocicletas e o consequente aumento do número desse
tipo de veículos nas ruas e estradas. Por um raciocínio simples e direto, o
aumento no número de motos em circulação significa um aumento proporcional de
acidentes com os condutores das máquinas e eventuais passageiros que venham a
ser transportados. De acordo com informações do Denatran, no período de 2008 a
2010 o crescimento da frota brasileira de veículos motorizados cresceu 16%
(atingindo 65,2 milhões), ao passo que o número de motocicletas aumentou 27%.
Nesse mesmo período o número de vítimas fatais em acidentes com motos subiu 21%, enquanto o mesmo dado relativo aos demais veículos ficou em 12%
Nesse mesmo período o número de vítimas fatais em acidentes com motos subiu 21%, enquanto o mesmo dado relativo aos demais veículos ficou em 12%
Segundo o Ministério da Saúde o mais
preocupante é o atendimento aos acidentados, feito geralmente através do SUS, já
que a maioria dos motociclistas acidentados pertence a uma faixa de renda mais
reduzida. O Sistema Único de Saúde despendeu quase cem milhões de reais com a
internação de 77 mil motoqueiros acidentados no ano passado (só com as
internações, sem considerar os outros prejuízos). Desses acidentados, 10.780
acabaram falecendo.
Uma sugestão para amenizar o problema: a
instituição de um seguro obrigatório para os motociclistas. Não se trata de
algo como o DPVAT, que é um seguro do veículo. O que está sendo sugerido é um
seguro pessoal do motoqueiro, que assegure a cobertura do custo dos internamentos
e o correspondente tratamento em caso de acidentes, bem como uma indenização à
família em caso de morte. Sendo obrigatório, o motociclista não poderia dirigir
sem a comprovação de estar segurado.
É claro que uma proposta dessas vai gerar
polêmica, mas é um tema a ser discutido. Os motociclistas vão protestar,
alegando que o seguro vai ser caro, que algumas atividades vão ficar inviáveis.
Pode ser verdade, mas é preciso ver o lado positivo da medida. Além de livrar o
SUS de uma conta indigesta (que acaba - quer queiram ou não - repercutindo sobre os demais serviços prestados à população), os próprios motoqueiros vão ser beneficiados, na
medida em que tiverem um atendimento mais adequado em caso de acidente e suas
famílias vão ficar mais protegidas no caso de uma fatalidade. Não é um assunto
para ser pensado?
Imagem:
Diário do Rio Claro (http://diariodorioclaro.com.br)
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