sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Winchester, a casa mais assombrada do mundo



Fica nos EUA, como não podia deixar de ser. Na cidade de San José, Califórnia. Tem 180 quartos (originalmente eram oito) e corredores que não levam a lugar algum (parece algumas obras públicas brasileiras). Está aberta ao público e você pode conhecê-la. Basta acessar o site http://www.winchestermysteryhouse.com/ e adquirir um ingresso. Mas como é mesmo a tal casa? Vamos à história.

Certamente você já ouviu a palavra winchester. E certamente a associou a uma arma de fogo. Está certo. Os Winchester, na época do patrono William Wirt Winchester, amealhou grande fortuna com a fabricação de uma espécie de fuzil que recebeu o nome da família. Os fuzis Winchester ficaram tão famosos nos Estados Unidos que a marca virou sinônimo do tipo de arma, algo assim como a francesa Gillette em relação às lâminas de barbear. No ano de 1886 o já milionário William casou-se com a jovem Sarah Pardee. Logo depois do casamento eles tiveram uma filha, Anne Pardee Winchester. A menina morre poucos anos depois, num surto de tuberculose. A mãe ficou inconsolável e o casal decide ter outra criança. Inutilmente, Sarah nunca mais engravidou.
Já ostentando o título de um dos cidadãos mais ricos dos EUA, William morre misteriosamente em 1881. Pouco depois da sua morte, estranhos fatos começam a ocorrer na mansão da família, em San José. Tudo começou numa noite, com estranhos barulhos nos quartos, cuja origem a viúva Sarah não conseguiu descobrir. Os fenômenos intrigantes passaram a se repetir todas as noites, exatamente como naquelas histórias de fantasmas ou de poltergeist que você tantas vezes ouviu.
Desesperada com a situação, Sarah procurou ajuda de várias formas, até que encontrou uma médium espírita, que visitou a casa e lá pernoitou algumas vezes. Após ter estudado o caso, a médium afirmou que o espírito de William continuava ali e que era perseguido pelos espíritos de várias dezenas de vítimas das armas Winchester, sedentas de vingança. Aconselhou Sarah a construir quartos suplementares na casa, um para cada espírito-vítima, que assim deixariam de perseguiu o (agora) pobre William.
E assim foi feito. Sarah contratou uma empresa construtora. Durante a noite, ela sonhava com determinado espírito-vítima que a informava de como queria o seu quarto. No dia seguinte as instruções eram passadas ao mestre de obras e este planejava o local do quarto (desde que o espírito não tivesse ordenado algo diferente). Se o espírito não ficasse satisfeito com o “seu” quarto, voltava a atormentar Sarah. E o quarto era demolido e outro construído. A casa foi aumentando. Alguns quartos não tem ligação com nada, estão completamente isolados e alguns só tem acesso para o espaço vazio. Corredores e escadarias formam um intricado labirinto sem sentido.
O quarto mais importante da casa é chamado de “quarto azul”. É ali que Sarah fazia as suas vigílias e aconteciam as sessões de espiritismo. É conhecido como uma passagem desta dimensão para a dimensão dos mortos.
Sarah morreu em 1922, aos 83 anos de idade. Morreu enquanto dormia, sem nenhuma doença aparente. Após sua morte as “obras” foram interrompidas e um grupo de investidores comprou a casa com o objetivo de transformá-la numa atração turística. Até hoje, segundo consta, os espíritos ainda estão irrequietos, fazendo barulho à noite, gritando e arrastando objetos inexistentes, pois não há mobília nos quartos. Também misteriosamente, ninguém consegue contar exatamente quantos quartos a casa tem atualmente. Estima-se que sejam 160, além de 47 lareiras e mais de 10.000 janelas. Cada vez que uma contagem dos quartos é feita, encontra-se um número diferente.

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