quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A desobediência civil de uma elefanta


Revoltada com a estupidez humana que mantém animais aprisionados apenas para serem exibidos como curiosidade ou troféus, uma elefanta guerreira, tal e qual uma Anita Garibaldi de quatro patas e tromba, fugiu do Zoológico Cattoni Tur, na cidade de Salete, em Santa Catarina. O bicho vagou pela cidade, inclusive pelo centro urbano, mas manteve íntegro o espírito da desobediência civil através do protesto pacífico: não atacou ninguém e não causou estragos maiores do que derrubar um muro, que certamente estava atrapalhando os seus planos. Mas não foi longe, demonstrando que a sua atitude representou, efetivamente, apenas e tão somente um protesto, puro e simples. Nada mais que isso. Foi logo localizada às margens do riacho Ribeirão Grande, que corta a cidade, onde se encontrava gozando da liberdade a que teria direito pelas sagradas leis da Natureza.
Para os copidesques de plantão: segundo os funcionários do zoo, a fuga aconteceu no horário de almoço, quando a maioria deles estava fora de serviço. Somente no início da noite o animal foi recapturado, o que aconteceu com a ajuda de funcionários do zoo de Pomerode. A aliá foi encaminhada ao Parque Beto Carrero, em Penha, e será transferida para um zoológico do Rio de Janeiro, pois o Cattoni Tur já possui dois outros animais semelhantes, sendo que um terceiro representa “excesso de lotação”.
O episódio vem confirmar a letra daquela musiquinha: “Um elefante incomoda muita gente... / dois elefantes incomodam muito mais...
Parece, entretanto, que quem mais incomoda a ordem natural das coisas é mesmo o ser humano...
Fonte e crédito fotográfico: Jornal Vale do Oeste (http://www.adjorisc.com.br/jornais/valeoeste)

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