Revoltada com a
estupidez humana que mantém animais aprisionados apenas para serem exibidos
como curiosidade ou troféus, uma elefanta guerreira, tal e qual uma Anita
Garibaldi de quatro patas e tromba, fugiu do Zoológico Cattoni Tur, na cidade
de Salete, em Santa Catarina. O bicho vagou pela cidade, inclusive pelo centro
urbano, mas manteve íntegro o espírito da desobediência civil através do
protesto pacífico: não atacou ninguém e não causou estragos maiores do que derrubar
um muro, que certamente estava atrapalhando os seus planos. Mas não foi longe,
demonstrando que a sua atitude representou, efetivamente, apenas e tão somente
um protesto, puro e simples. Nada mais que isso. Foi logo localizada às margens
do riacho Ribeirão Grande, que corta a cidade, onde se encontrava gozando da
liberdade a que teria direito pelas sagradas leis da Natureza.
Para os copidesques de plantão: segundo os
funcionários do zoo, a fuga aconteceu no horário de almoço, quando a maioria deles
estava fora de serviço. Somente no início da noite o animal foi recapturado, o
que aconteceu com a ajuda de funcionários do zoo de Pomerode. A aliá foi
encaminhada ao Parque Beto Carrero, em Penha, e será transferida para um
zoológico do Rio de Janeiro, pois o Cattoni Tur já possui dois outros animais
semelhantes, sendo que um terceiro representa “excesso de lotação”.
O episódio vem
confirmar a letra daquela musiquinha: “Um elefante incomoda muita gente... /
dois elefantes incomodam muito mais...
Parece,
entretanto, que quem mais incomoda a ordem natural das coisas é mesmo o ser
humano...
Fonte e crédito
fotográfico: Jornal Vale do Oeste (http://www.adjorisc.com.br/jornais/valeoeste)
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