sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Verbas para o coronelismo nordestino

Demitiu-se, depois de muitas críticas e acusações, o diretor geral do DNOCS, o tristemente famoso Departamento Nacjonal de Obras Contra as Secas, Elias Fernandes Neto. A demissão não deve ser interpretada como voluntária, já que o Elias (que tem nome de profeta mas está mais para profano) foi, na verdade, defenestrado do cargo por conta das irregularidades constatadas no órgão, sintetizadas num desvio de verbas da ordem de quase 200 milhões de reais.
Acima, adjetivamos o DNOCS como “tristemente famoso”, por ser histórica a sua trajetória de irregularidades e trambiques de toda ordem, desde tempos imemoriais. O órgão sempre constituiu – e continua constituindo, pelo visto – terreno fertilíssimo para a prática das espertezas típicas dos coronéis e políticos nordestinos, donde se origina a famigerada instituição nacionalmente conhecida como “a indústria da seca”.
Na lógica dos políticos nordestinos a seca em questão parece ter uma conotação diferente, referindo-se, certamente, à secura das tetas da vaca-mãe, vulgo erário público (a redundância é proposital – de novo). Essa secura é uma constante porque não há verba que chegue para irrigar satisfatoriamente a ganância do coronelismo nordestino.
Crédito fotográfico: Google (http://www.google.com.br/)

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