terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Crença e credulidade, companheiras inseparáveis?


Quinze mulheres, freqüentadoras da Igreja Apostólica, estão denunciando o primaz dessa denominação evangélica por abusos sexuais. Segundo apurado pelo Ministério Público paulista, a Igreja Apostólica (popularmente conhecida como Seita da Vovó Rosa – uma mistura de seita pentecostal com o chamado baixo espiritismo) tem 35 mil seguidores em todo o Brasil e possui sede no bairro Tatuapé, em São Paulo, onde se verificaram os fatos relatados.
Com o pretexto de curar enfermidades, o líder da igreja induzia as vítimas a se submeterem a vários tipos de manipulação sexual, que iam desde carícias sensuais em partes íntimas até o estupro propriamente dito.
Segundo as denunciantes, o pastor Aldo Bertoni (que se intitula santo profeta) não foi denunciado antes porque elas (as vítimas) acreditavam que seus atos teriam uma “motivação sagrada” e que fariam parte de um processo de cura de doenças.
Fica uma dúvida: ou as pessoas são crédulas demais (vá ter fé assim lá na esquina) ou a cantilena do pastor é realmente irresistível. Mas é bom lembrar que esse tipo de “conquista” não se limita às denominações evangélicas. Os episódios de padres pedófilos se replicam mundo afora (se bem que, nestes casos, as vítimas são crianças e jovens - pessoas muito mais ingênuas, em princípio) e mesmo na sociedade civil (inclusive na dita elitizada) acontecem fatos muito próximos do inacreditável: alguém lembra do caso do médico Roger Abdelmassih?
Fotografia: Google (http://www.google.com.br)

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