A conferência internacional Planeta sob Pressão, realizada
em Londres, registrou a preocupação generalizada com a escassez dos recursos
naturais do planeta em relação ao crescimento da população, ainda em fase de
expansão, o que deverá continuar ocorrendo até o ano de 2025. Anteriormente, a
previsão era de que a estabilização se daria em torno do ano 2050, com um total
de 9 bilhões de viventes, aproximadamente. Essa matemágica previsional não é
obra de economistas, mas também é furada, segundo os especialistas em
demografia. Em 2025 o número de habitantes da Terra deverá estar em cerca de 8
bilhões ou um pouco mais que isso e depois deverá cair.
A preocupação, no entanto, não é só essa. Os especialistas
no assunto (e como tem especialista nisso!!!) advertem que os recursos do
planeta não são pressionados apenas pelo número de habitantes, mas também pelo
seu modo de vida e pelos seus hábitos de consumo. Quanto mais poder aquisitivo um povo tiver, maior será
a sua demanda por alimentos, energia e espaço.
A população, hoje, está praticamente estabilizada nos países
industrializados (e até descrescente em alguns deles), mas ainda cresce em
quantidades assustadoras nas regiões mais pobres, em especial na África. Por
outro lado, os países desenvolvidos são, de longe, os maiores predadores dos
recursos naturais da Terra, por conta da poluição ambiental que proporcionam.
Uma redução na população de tais nações não garante uma redução proporcional na
demanda por recursos.
Ainda recentemente foi divulgado um estudo da Nasa
concluindo pela viabilidade da colonização do planeta Marte, embora em
condições extremamente difíceis. A temperatura média em Marte é de -60ºC (menos
sessenta graus Celsius), embora haja água e atmosfera lá e a duração dos dias
seja mais ou menos igual ao da Terra. É claro que essa hipótese esta muito mais
para ficção científica. Além disso, deverá ser meio complicado convencer as pessoas a
trocar o Saara por Marte.
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