Na
nossa história ferroviária quem leva ferro é sempre o povo. Mas não é só na
história ferroviária. Recentemente o blog publicou uma matéria mostrando uma
obra inexecutada na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco. Era a reforma do Forte
Orange, um local turístico por excelência. Só que os problemas dessa natureza
não são exclusividade do Nordeste brasileiro. Também aqui no Sul convive-se com
coisas semelhantes. Em São Francisco do Sul foram erguidos dois monumentos à
incapacidade administrativa pública. Na implantação do contorno ferroviário da
cidade, obra que tiraria das principais vias do centro a linha férrea que
tantos transtornos causa à circulação de veículos e pedestres; foram
construídos dois viadutos e a coisa ficou por isso mesmo. A linha ferroviária,
que deveria passar por cima de uma rodovia e por baixo de outra, simplesmente
não saiu do papel. E os pontilhões lá estão, impávidos. E a placa, anunciando,
com incrível precisão orçamentária, o valor da obra: R$ 19.052.256,16. É isso
mesmo: quase vinte milhões de reais. Mortinhos ali, certamente esperando por um
gordo aditivo.
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