terça-feira, 19 de junho de 2012

A vida dos áugures do apocalipse


Você já ouvir falar em sobrevivencialismo? É um movimento que está se alastrando nos EUA, constituído por pessoas alarmadas com a possibilidade de uma catástrofe iminente no nosso planeta. Alguns acreditam em fenômenos naturais, outros no colapso total da economia mundial.
Na cidade de Phoenix, Estado do Arizona, várias famílias urbanas, como o casal Dennis e Danielle McLung (com dois filhos), se preparam para um hipotético bombardeio da Terra por uma imaginária “massa coronal”, formada por partículas que se desprenderiam do Sol. Atingindo a Terra ainda em 2012, essa massa causaria uma verdadeira calamidade, destruindo todas as fontes terrestres de energia e, por conseqüência, tornando o planeta praticamente inabitável. A preparação desses agourentos para o desastre consiste na estocagem de medicamentos e de alimentos desidratados e liofilizados e outras providências, que incluem a transformação do quintal das casas em verdadeiros celeiros, com instalação de estufas em antigas piscinas, criação de galinhas, peixes e cabritos, além do desenvolvimento de técnicas para a purificação da água. Nas fotos, dois aspectos da produção de alimentos em espaços reduzidos, como os quintais das casas.
Já no Estado da Carolina do Sul, famílias como as de David Kobler e Scott Hunt se preparam para um fenômeno mais tangível: o colapso total da economia mundial. Segundo eles, num futuro próximo acontecerá uma escalada incontrolável da inflação em nível mundial, de tal forma de o dinheiro circulante não mais terá valor algum, não haverá mais empregos (e nem serviços – alguém vai achar ótimo!), os artigos de primeira (e de segunda, terceira, quarta...) necessidade simplesmente desaparecerão, etc, etc, etc... e a sobrevivência humana ficará seriamente comprometida.
Esses também estocam alimentos, mas dispõem de uma área rural e desenvolveram um sistema de vida que inclui outras atividades e fins, como a produção de energia própria, produção de alimentos em escala ampliada (incluindo o plantio de 550 kg de sementes de trigo por ano, o fabrico de farinha e a produção de carne seca), além da criação de animais como vacas, galinhas e carneiros. Além de todo esse aparato em nome da sobrevivência, desenvolveram um bem estruturado sistema de defesa, com a formação de um arsenal de armamentos e treinamentos específicos, inclusive para as crianças, pois temem ser atacados por pessoas desesperadas sem acesso aos recursos para proverem as suas necessidades básicas. E por falar em necessidades básicas, os sobrevivencialistas da Carolina do Sul não esqueceram nem mesmo o papel higiênico. Já têm um estoque desse indispensável item para um período de dois anos.
A situação é digna de profunda reflexão: trata-se mesmo de prevenção contra possíveis catástrofes ou é o caso de pura paranoia?
Imagens: Nat Geo (http://www.natgeo.com.br)

Nenhum comentário: