Talvez tenha visto. Mas devemos convir que mendigo
careca é raridade. A maioria absoluta da chamada “população marginalizada” (não
confundir com “população de marginais”), realmente se caracteriza pelas fartas
cabeleiras, às vezes cortadas ou raspadas por motivos vários, mas sempre
abundantes em sua origem, ou seja, nas suas raízes. Dessa massa de gente,
muitas vezes repudiada pela “boa sociedade” (por isso chamada de “marginalizada”),
fazem parte não só os mendigos propriamente ditos, mas também os moradores de
rua em geral (eufemisticamente: “população comunitária”). Mas não cabe aqui
discutir o papel social da classe dos excluídos, afinal estamos falando de
cabelos e calvícies. E retornamos à pergunta: já viu algum mendigo careca?
Vamos ampliar o leque. Incluir nesta reflexão
também os malucos. Isso mesmo, os loucos. Não aqueles que têm pequenas ou
esporádicas aflições mentais, como a depressão, a angústia ou coisas do gênero.
Falamos de loucos mesmo, dos alienados, dos doidos de pedra, aqueles que se
acham a reencarnação de Napoleão Bonaparte ou do Mahatma Ghandi. Já percebeu
que nenhum deles é careca?
Deixemos de lado a observação maldosa do
Lyllo que está ao meu lado, perguntando: se
todos os moradores de rua fossem carecas, o que seria dos piolhos? Voltemos
à reflexão, a curiosidade instiga a ciência. E já apareceu uma teoria, ainda
sem comprovação científica, que não deixa de ser interessante (ou curiosa, pelo
menos).
Essa teoria, formulada por um cidadão de
Brasília e supostamente referendada pelo senador da República por Minas Gerais
e ex-repórter da TV Globo, Hélio Costa, diz o seguinte: tudo no universo é
movido por energia (muito bem); essa energia vive em constante movimento e esse
movimento se dá dos pontos de maior concentração energética para os pontos de
menor concentração (até aí tudo bem – é a mesma teoria da filosofia oriental do
yin e yang). Conforme a teoria brasiliense, os cérebros com maior
concentração de energia são aqueles dos sujeitos mais intelectualizados. Por
outro lado, o cérebro dos excluídos e dos loucos teria pouca concentração de
energia e, por isso, atrairia a energia externa que entra na cabeça através dos
vasos capilares (aí é que está o paralogismo) e os estimula, fazendo com que os
cabelos cresçam de forma mais vigorosa. Gostaram da teoria? O autor da tese
ainda faz um paralelo com os fundamentos da acupuntura, na qual as agulhas são
os condutores da energia externa (papel que, no caso dos cabeludos, seria
exercido pelos próprios cabelos).
Quem não deve ter gostado é o Lyllo, que
continua me atucanando. Alega o Lyllo que esse sujeito da teoria deve ser muito
cabeludo e que dentro da cabeça dele deve ter muito esterco, que vem a ser o
verdadeiro motivo da abundância de pelos no couro (nem sempre) cabeludo. Quem
também não deve ter gostado são as mulheres, pois nelas o índice de calvície é
bem menor, o que significa que... bem, vamos ver se não tem alguma explicação
alternativa por aí...
Ah, e tem também o caso do Alberto Einstein, o famoso cientista... bom, mas esse já era meio louco mesmo...
Imagem:
http://cinemagrafia.tumblr.com
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