sábado, 28 de julho de 2012

Mendigo careca: já viu algum?


Talvez tenha visto. Mas devemos convir que mendigo careca é raridade. A maioria absoluta da chamada “população marginalizada” (não confundir com “população de marginais”), realmente se caracteriza pelas fartas cabeleiras, às vezes cortadas ou raspadas por motivos vários, mas sempre abundantes em sua origem, ou seja, nas suas raízes. Dessa massa de gente, muitas vezes repudiada pela “boa sociedade” (por isso chamada de “marginalizada”), fazem parte não só os mendigos propriamente ditos, mas também os moradores de rua em geral (eufemisticamente: “população comunitária”). Mas não cabe aqui discutir o papel social da classe dos excluídos, afinal estamos falando de cabelos e calvícies. E retornamos à pergunta: já viu algum mendigo careca?
Vamos ampliar o leque. Incluir nesta reflexão também os malucos. Isso mesmo, os loucos. Não aqueles que têm pequenas ou esporádicas aflições mentais, como a depressão, a angústia ou coisas do gênero. Falamos de loucos mesmo, dos alienados, dos doidos de pedra, aqueles que se acham a reencarnação de Napoleão Bonaparte ou do Mahatma Ghandi. Já percebeu que nenhum deles é careca?
Deixemos de lado a observação maldosa do Lyllo que está ao meu lado, perguntando: se todos os moradores de rua fossem carecas, o que seria dos piolhos? Voltemos à reflexão, a curiosidade instiga a ciência. E já apareceu uma teoria, ainda sem comprovação científica, que não deixa de ser interessante (ou curiosa, pelo menos).
Essa teoria, formulada por um cidadão de Brasília e supostamente referendada pelo senador da República por Minas Gerais e ex-repórter da TV Globo, Hélio Costa, diz o seguinte: tudo no universo é movido por energia (muito bem); essa energia vive em constante movimento e esse movimento se dá dos pontos de maior concentração energética para os pontos de menor concentração (até aí tudo bem – é a mesma teoria da filosofia oriental do yin e yang). Conforme a teoria brasiliense, os cérebros com maior concentração de energia são aqueles dos sujeitos mais intelectualizados. Por outro lado, o cérebro dos excluídos e dos loucos teria pouca concentração de energia e, por isso, atrairia a energia externa que entra na cabeça através dos vasos capilares (aí é que está o paralogismo) e os estimula, fazendo com que os cabelos cresçam de forma mais vigorosa. Gostaram da teoria? O autor da tese ainda faz um paralelo com os fundamentos da acupuntura, na qual as agulhas são os condutores da energia externa (papel que, no caso dos cabeludos, seria exercido pelos próprios cabelos).
Quem não deve ter gostado é o Lyllo, que continua me atucanando. Alega o Lyllo que esse sujeito da teoria deve ser muito cabeludo e que dentro da cabeça dele deve ter muito esterco, que vem a ser o verdadeiro motivo da abundância de pelos no couro (nem sempre) cabeludo. Quem também não deve ter gostado são as mulheres, pois nelas o índice de calvície é bem menor, o que significa que... bem, vamos ver se não tem alguma explicação alternativa por aí...
Ah, e tem também o caso do Alberto Einstein, o famoso cientista... bom, mas esse já era meio louco mesmo...
Imagem: http://cinemagrafia.tumblr.com


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