Aconteceu em São José do Rio Preto, interior
de São Paulo. Uma senhora de 73 anos de idade, professora aposentada, julgou-se
lesada numa agência do Banco Itaú, onde fora sacar uma quantia de R$ 500,00 de
sua conta corrente. Ao chegar em casa constatou que faltavam R$ 50,00 do total.
Como o expediente bancário já havia terminado naquele dia, terça-feira passada,
voltou à agência no dia seguinte para reclamar.
Até aí, nada demais. Mas a velhinha estava
mesmo furiosa com a caixa que a atendera e por isso resolveu ir ao banco
devidamente armada. Agarrou um trezoitão do marido falecido e foi exigir os
sagrados cinquentinha que a bancária lhe confiscara (involuntariamente ou não –
não se sabe). Mas não encontrou a danada, que estava de folga. Nada que a
impedisse de consumar a sua revolta. A vítima, por consequência, foi o gerente
da casa, que teve o berro esfregado no nariz e, ato contínuo, não titubeou em –
quem não haveria de? – entregar à distinta dama o valor pleiteado. Mas quem
perde uma batalha não perde necessariamente a guerra e o gerentão não se deu
por vencido. Assim que a senhora deixou a agência com o produto do resgate,
denunciou o fato à autoridade policial legalmente constituída. Os
representantes da lei, devidamente instruídos com o número das placas do carro
conduzido pela velhinha, não tiveram maiores dificuldades em localizá-la e
dar-lhe voz de prisão.
Conduzida ao distrito policial, a vetusta
senhora foi devidamente autuada por porte ilegal de arma de fogo e ameaçada de
passar uma razoável temporada no xadrez, já a partir daquele momento. Mas ela
conseguiu safar-se da cana imediata morrendo com uma fiança de 630 pilas (ou
reais, pra quem não entende o gauchês). Grande negócio, o da velhinha!
O mais inusitado do episódio não é o preju da
profa jubilada, mas sim, o fato dela ter entrado empistolada no banco, passando
incólume pela porta giratória. Giratória mas nada proibitória (e nem
protetória, como diria o Vereador
Dantas) à passagem de uma arma de fogo. Carregada,
ainda por cima! Taí o zelo com o qual os bancos protegem as suas agências
contra os bandidos! E eu, que sempre procurei tirar o celular, o molho de
chaves e catar uma a uma todas as moedinhas dos bolsos e depositar tudo isso
naqueles compartimentos feitos especialmente para este fim, com receio de ser
barrado na dita cuja porta? Eu, hein?
Na
foto, a idosa professora quando esperava para depor na Delegacia de Polícia.
Imagem:
http://www.marataizes.com.br
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