sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mosca volante. Já viu alguma?



Não, não é nenhum jogador de futebol que atua naquela região do campo que não é defesa nem é ataque, ou seja, um volante, com fama de mosca, quer dizer, um sujeito chato pra caramba. Se fosse o caso, seria volante mosca e não o contrário, como foi escrito acima. Também não se trata de uma mosca com jeito de volante, isto é, que vai pra lá e pra cá e no fim acaba não indo pra lugar nenhum, exatamente da mesma forma que um volante do futebol. Na verdade, a mosca volante não tem nada a ver com moscas. E nem com volantes.

O termo vem do latim muscae volitantis, que pode ser traduzido por “moscas esvoaçantes”. Trata-se de um problema que muitas pessoas têm nos olhos mas que raramente constituem problemas graves, se bem que às vezes incomodam um monte. Bem do jeito das moscas, mesmo.
Talvez você mesmo seja um desses portadores das moscas volantes. Você já percebeu algumas formas parecidas com sombras, que parecem estar se mexendo, geralmente devagarinho, dentro dos olhos? Você tenta encarar essas formas mais fixamente, mas elas parecem fugir do seu olhar. Elas normalmente parecem pontos, linhas, filamentos, fragmentos de teias de aranha ou pequenas estrelas. Pois é, são as tais moscas.
A maioria dos portadores desse incômodo o têm agravado quando olham para o céu. E os míopes tem uma predisposição maior para contrair o problema (pessoas idosas também), que não chega a ser uma doença. Por isso mesmo não há um tratamento específico, mas se o caso for grave, como uma real dificuldade à visão, um médico deve ser procurado. Talvez o caso seja de cirurgia ou tratamento por laser. No mais das vezes as pessoas conseguem conviver pacificamente com as moscas.
Os pontos visíveis nos olhos geralmente são células descartadas ou restos de proteínas que ficam “flutuando” no humor vítreo, que é um fluido viscoso que preenche o globo ocular. Essa proteína são os fibrilos, provenientes do colágeno que faz parte do humor vítreo. Também são freqüentes após uma cirurgia de catarata ou em casos de traumas. Em alguns casos, têm origem genética.
Portanto, se você tem moscas volantes, não se aflija (a menos que seja um caso grave). A maioria das moscas acaba voando embora, mesmo que não saibam exatamente para onde ir, como, aliás, é típico de qualquer volante que se preze.

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