O
suicídio coletivo dos índios Guarany-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, amplamente
divulgado pela mídia e pelas redes sociais, tem todas as evidências de ser
apenas fruto da imaginação fértil de certos movimentos sociais ligados à causa
indigenista.
Os
índios Guarany-Kaiowá, da tribo de Pyelito Kue, no município de Iguatemi, Mato
Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai, estão, há mais de dez dias, cantando e
dançando rituais de sua cultura em protesto contra a decisão da Justiça Federal
que determinou a desocupação das terras da Fazenda Cambará, que os índios
ocupam há cerca de um ano. Paralelamente, estão fincando cruzes no cemitério
indígena local, fato que reforçou a indicação de um suicídio coletivo. A tribo
é composta de cerca de 170 índios, sendo 50 homens e o mesmo número de
mulheres, além de 70 crianças.
A
suspeita de uma tragédia foi levantada quando os índios encaminharam uma carta
ao Cimi (Conselho Indigenista Missionário), órgão ligado à Igreja Católica, com
cópia à Funai, afirmando estarem “dispostos à morrer” caso venha a ser cumprida
a determinação judicial, ordenada pelo juiz federal Henrique Bonachela. A
notícia sobre um suposto “suicídio coletivo” rapidamente ganhou as redes
sociais da internet e foi replicada por vários órgãos da imprensa, inclusive
com ampla repercussão no exterior.
Em
nota oficial, o Conselho Indigenista Missionário esclarece que, em nenhum
trecho da carta houve referência a um suicídio coletivo, embora os índios
tenham se referido a uma “morte coletiva”. Isto porque, segundo o Cimi, os
índios consideram a região como berço de sua cultura e terra dos seus
antepassados, não estando dispostos a abandoná-la em nenhuma hipótese. Por
outro lado, os donos da Fazenda Cambará já se mobilizam na contratação de
jagunços visando a sua desocupação. Esses fatos levaram os Guarany-Kaiowá a
afirmarem que não se submeterão à retirada, preferindo morrer coletivamente do
que abandonar o lugar. O Cimi também condenou a precipitada e inconsequente
divulgação do famigerado “suicídio coletivo”, pois esse tipo de ilação só vem
prejudicar a imagem brasileira no exterior e até mesmo a dos próprios índios.
O
fato de estarem fincando cruzes no cemitério (foto) seria apenas um ingrediente
destinado a aumentar a pressão indígena para a revisão da decisão judicial.
Imagem:
http://exame.abril.com.br
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