O corpo de um idoso foi deixado por uma empresa
funerária numa igreja para que fosse velado pelos familiares e conhecidos, mas
na verdade o velório estava marcado para outro lugar. O padre da paróquia,
Manuel Ramalho, ficou indignado com a situação e só não mandouos empregados da
funerária para a casa de um certo elemento cujo nome rima com o seu sobrenome
porque seria, evidentemente, falta de compostura.
O gerente da funerária, Manuel Moreira, procurou eximir a
empresa de qualquer responsabilidade, afirmando que uma senhora, que faz as
vezes de zeladora da igreja, abriu as portas do templo para a entrada do
ataúde, o que, por sua vez, havia sido solicitado pela família do morto. Depois
do incidente, o comissário de polícia Manuel Dias Monteiro lavou as mãos declarando
que nada restava fazer, pois não se configurara crime algum. Mas que foi uma
patuscada, sem dúvida!
Consta que, diante do ocorrido, os parentes e amigos do
morto se uniram em fervorosas orações para orientar a alma do falecido e evitar
que ela se perca nos incertos e desconhecidos caminhos do além, em sua
peregrinação na procura do endereço celestial mais adequado.
Cotejando os nomes do pároco, do gerente e do comissário, os
leitores certamente já adivinharam em que país aconteceu o fato. Bingo! Foi na Igreja
de Olhos D’Água, Freguesia do Pinhal Novo, em Palmela, distrito de Setúbal,
Portugal.
Se fosse no Brasil a culpa seria do morto, claro.
Na foto do Google Earth, uma vista de Palmela,
ao sul de Lisboa.
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