Ativistas ambientais e de defesa dos animais estão lutando
há anos por uma declaração dos direitos dos grandes macacos, como os gorilas,
orangotangos e chimpanzés. Em grande número de países já existe legislação
proibindo práticas consideradas ofensivas à vida e/ou à dignidade desses
animais, ou mesmo invasivas, como a realização de pesquisas e experimentos que
possam infligir dor ou sofrimento (nos mesmos países, em geral, os seres
humanos não gozam da mesma proteção).
Nos EUA, por exemplo, a reprodução dos grandes macacos em
cativeiro está proibida. Não se sabe exatamente se essa lei é retrógrada ou se
é um avanço. No Brasil, por outro lado, estimula-se a reprodução em cativeiro
dos grandes bandidos. Há alguns anos essa prática foi – e continua – implantada
nos presídios auriverdes, através de uma camuflagem rotulada de “visitas
íntimas”. Estamos falando de seres humanos, apelidados de gente (há
divergências).
Então, enquanto se espera que a ONU finalmente lance a
Declaração Universal dos Direitos do Macaco, nos, do lado de fora, ficamos na
expectativa – e na torcida – para que essas “visitas íntimas” não rendam
frutos. Seria desumano, quase macacal.
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