Voce
gosta de tomate? Se a sua resposta for afirmativa, agradeça à extinção dos
dinossauros. Cientistas italianos liderados pelo professor Giovanni Giuliano,
da Agência Nacional para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento, ao
pesquisarem o seqüenciamento genético do DNA do tomate, acabaram descobrindo
que a espécie nativa da planta fazia parte da dieta preferencial de alguns
tipos de dinos (não foi esclarecido quais deles) e só se alastrou mundo afora
após a extinção deles.
A
espécie nativa solanum pimpinellifolium
tem o seu genoma muito semelhante aos dos tomateiros atuais, embora seu aspecto
físico seja bastante diferente. Os pesquisadores estudam possíveis modificações
genéticas que possam garantir melhor resistência dos tomateiros às pragas.
Outra
coisa que você talvez não saiba: o tomate é primo da batata. Foi isso que o
Consórcio do Genoma do tomate acabou descobrindo. As duas plantas tem o
sequanciamento genético muito semelhante e pertencem à mesma família, a solanaceae. Nós achamos que elas são muito
diferentes porque a parte comestível delas é distinta. Enquanto que no
tomateiro se consome o fruto, no caso da batata a parte comestível é o
tubérculo, que faz parte do caule (e não da raiz, como muita gente acredita –
inclusive este que escreve estas mal traçadas linhas). Alguns tipos de batata estimulados à produção de
pólen para o desenvolvimento de frutos a partir das flores geraram frutos com
estrutura semelhante ao tomate, inclusive com sementes, porém impróprios para
consumo humano.
Mas vai aí uma sugestão: já que estamos em plena era das modificações genéticas de vegetais e animais, que tal os pesquisadores desenvolverem um tipo de planta que reúna as características de ambas, tomate e batata? Não seria interessante um pé de tomatata, produzindo tomares na parte aérea e batatas na parte subterrânea? Teríamos, no mínimo, a vantagem da economia de espaço, não é mesmo?
Imagem:
Greenpeace (http://transgenicosap.webs.com)
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