O primeiro caso aconteceu na Escócia. Um
mendigo da cidade de Aberdeen enfiou o nariz onde não era chamado e acabou
entalando a cabeça numa boca de lixeira. O nome do homem não foi revelado,
apenas o apelido pelo qual é conhecido nas ruas da cidade: Tam. O homem, de 52
anos, ficou uns quinze minutos gritando desesperadamente até que os bombeiros
chegaram para ajudá-lo a se livrar da encrenca. Mas não foi fácil, Foi preciso
usar uma serra elétrica para livrar a cabeça de Tam, que já estava em estado de
choque, mas apenas com ferimentos leves no rosto.
Tam não contou a ninguém o motivo pelo qual
enfiou a cabeça na lixeira. Certamente estava procurando alguma coisa de valor.
A sorte dele é ser escocês e morar em Aberdeen, onde os bombeiros conseguem
chegar em quinze minutos para prestar socorro. Caso fosse em São Paulo possivelmente
ficaria algumas horas preso na lixeira, principalmente se fosse no horário de pico
de trânsito.
Muitas pessoas passavam pelo local e, ao
invés de acudirem o infeliz pedinte, ficaram zombando dele e tirando fotos, que
foram depois postadas na internet. Algumas instituições filantrópicas do Reino
Unido criticaram violentamente a divulgação do fato através das redes sociais,
considerando que houve ridicularização de uma condição humana lamentável, se
bem que não se pode considerar isso como um atentado à integridade moral da
pessoa. É que essas instituições parecem não saber o que vem a ser, de fato,
uma afronta à dignidade humana. Pois foi exatamente isso o que aconteceu na
China durante um festival religioso. Veja abaixo.
Na cidade de Nanchang, província de Jianxi,
na China, estava rolando um festival religioso budista, que se realiza
anualmente e que normalmente atrai muitos visitantes de outras partes do país e
mesmo de outros países vizinhos. Preocupados com o grande número de mendigos
existente na cidade, as autoridades apelaram para uma solução radical: enjaular
os pedintes.
Isso mesmo: colocaram os coitados em jaulas,
em plena praça pública. Foi essa a solução encontrada, segundo os organizadores
do festival religioso, uma forma de impedir que os mendigos ficassem
perseguindo os turistas pelas ruas e, ao mesmo tempo, permitindo que elas
continuassem recebendo alguns trocados de pessoas condoídas com a situação. O
fato de estarem enjaulados não impede que eles recebam esmolas, declarou um dos
dirigentes budistas.
O episódio chocou até mesmo os próprios chineses,
que se manifestaram através de várias entidades ligadas aos direitos humanos.
Houve vários protestos, mas no fim a situação não mudou. Os mendigos de
Nanchang ficaram enjaulados até o fim do festival religioso.
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