A
mais nova atração do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, Paraná, é um macaco da
espécie sapajus, popularmente
conhecida por macaco prego. O animal
apareceu no parque, provavelmente egresso da mata do Parque Nacional do Iguaçu
e está incomodando os comerciantes que mantém estabelecimentos no local, pois
vive à procura de comida.
Apesar
do incômodo, os comerciantes e os visitantes do parque tratam bem o hóspede
intruso, tendo inclusive arrumado um nome para designá-lo. É o mais óbvio
possível: Chico, que vive fazendo
traquinagens nas copas das árvores ou sobre as barracas do comércio, furtando
coisas para comer ou pequenos objetos. Mas o problema maior que o Chico
provocou não é bem esse.
Segundo
os responsáveis pelo parque, o Ibama já foi comunicado para providenciar a
retirada de Chico, apesar do seu comportamento normalmente dócil. É que o
relacionamento dele com as aves e mesmo com os humanos pode trazer conseqüências
indesejáveis, como doenças e um eventual ataque do bicho. Aí começaram os
problemas, que nada têm a ver com a irracionalidade dos animais, mas sim, com a
imbecilidade dos seres humanos (alguns deles, em especial).
A
unidade local do Ibama ainda não providenciou a remoção do Chico porque precisa
de uma autorização especial, da Superintendência do órgão, em Curitiba. De
acordo com os iluminados experts do
órgão ambiental, como o macaquinho não é do Parque das Aves, eles não sabem
para onde levá-lo. Comenta-se em Foz do Iguaçu que, diante da dúvida sobre como
o primata chegou lá, os funcionários do Ibama interrogaram Chico, perguntando de
onde ele veio e como chegou, se foi de ônibus, de avião ou de carro particular
(e onde deixou o carro, nesta última hipótese). Mas Chico recusou-se a responder
às perguntas. Deve ter se inspirado no "depoimento" do Cachoeira na CPMI do
Congresso Nacional.
Imagem: G1 Paraná (http://g1.globo.com/parana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário